Tutorial IPv6 (A Exaustão do IPv4)
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By Carolyn Duffy Marsan, Network World
April 28, 2010 03:13 PM ET
O IPv6 é a atualização mais longamente antecipada ao principal protocolo de comunicação da Internet, conhecido como o IPv4.
O IPv4 usa endereços de 32 bits e pode suportar 4.3 bilhões de dispositivos conectados diretamente à Internet. Por outro lado, o IPv6 usa endereços de 128 bits e suporta um número virtualmente ilimitado de dispositivos – 2 elevado na potência de 128.
Aqui estão os fundamentos que você precisa saber para deixar sua rede pronta para suportar o IPv6 e o IPv4.
Básico do IPv6
A Internet Engineering Task Force (IETF), uma entidade de padronização (da Internet), criou o IPv6 para uma substituição do IPv4, ainda em 1998, quando ficou claro que o crescimento da Internet iria esgotar os endereços do IPv4.
A meta primária de IPv6 é aumentar o espaço de endereço da Internet, mas o protocolo também tem algumas melhorias, inclusive autoconfiguração, renumeração da rede mais fácil e uma segurança embutida através do protocolo IPsec.
O IPv6 tem sido lento em ganhar adoção, mas um impulso começou a surgir em 2009. As empresas Hurricane Electric e NTT America disseram que o tráfego IPv6 delas dobrou em 2009, enquanto o Google adicionou suporte ao IPv6 a várias aplicações, inclusive Search, Docs, Gmail e News.
O empurrão para o IPv6 continuou em 2010, com a Comcast e a Verizon que anunciam as primeiras tentativas públicas delas para o protocolo.
O governo federal norte-americano é proponente do IPv6, fixando um mandato de junho de 2008 para que todas suas agências governamentais demonstrem que todo o backbone de suas redes são capazes de transportar o tráfego do IPv6. Depois de julho de 2010, o Regulamento de Aquisição Federal do governo americano será mudado para exigir que suas agências só comprem de empresas em que os sistemas de TI sejam compatíveis com o IPv6.
Peritos estão solicitando de forma urgente que os gerentes de redes de computadores norte-americanas preparem as interfaces externas dos seus Web Sites para suportarem o IPv6 até 2012, ou então, alertam os especialistas, elas irão correr o risco de que os visitantes que não estejam compatíveis com o IPv6 tenham baixa taxa de conectividade.
Em março de 2010, disseram os peritos, o IPv6 tinha crescido, representando 1% de todo o tráfego da Internet.
Exaustão do Endereço IPv4
O esgotamento dos endereços do IPv4 tem sido uma preocupação desde os anos oitenta, quando os engenheiros de Internet propuseram várias técnicas que permitiriam a Internet continuar o seu crescimento, enquanto uma substituição para IPv4 fosse desenvolvida.
Estas técnicas incluem a tradução de endereço de rede (NAT) que permite às organizações esconderem os seus endereços de rede privados atrás de um único endereço IPv4 público, e o Roteamento Inter-Domínio Sem Classe (Classless Inter-Domain Routing – CIDR), um modo mais escalável de roteamento e de alocação de blocos de endereços IP. O CIDR e NAT trabalharam bem, permitindo que o IETF tivesse mais tempo para realizar o upgrade da infraestrutura da Internet do IPv4 para o IPv6.
Porém, agora a atualização para o IPv6 está preocupando as operadoras de telecomunicação e os novos empreendimentos na área de redes de computadores. Os registros de órgãos regionais oficiais da Internet disseram em abril de 2010 que menos de 8% de endereços IPv4 permanecem não alocados.
Peritos predizem que o espaço dos endereços IPv4 se esgotarão em 2011 ou 2012.
Mecanismos de Transição para o IPv6
O IETF desenvolveu vários mecanismos de transição que permitirão aos operadores de redes migrarem gradualmente do IPv4 para o IPv6.
Uma opção, chamada Pilha Dupla (Dual Stack), permite aos operadores de redes rodarem o IPv4 e o IPv6 lado a lado em suas redes.
Outra opção é o carrier-grade NAT (NAT baseado na rede da operadora) que permitiria a múltiplos clientes compartilharem um único endereço público IPv4.
Uma terceira opção, chamou de 6rd, foi usada por um provedor Francês de acesso gratuito a Internet (French ISP Free) para rapidamente entregar o IPv6 em seus clientes residenciais, encapsulando pacotes IPv6 para a transmissão em cima de backbones de redes IPv4.
Usuários finais podem escolher uma variedade de técnicas de tunelamento, incluindo 6to4, Teredo e ISATAP por transportar pacotes de IPv6 em cima de redes IPv4, mas estas técnicas aumentam as preocupações com segurança.
Artigo traduzido e adaptado por Ademar Felipe Fey em 21/07/2010.
Disponível em http://www.networkworld.com/newsletters/lans/2010/042810-ipv6-tutorial.html?fsrc=netflash-rss