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IPv6 e os federais: Liderança ou loucura?
Do original IPv6 and the feds: Leadership or folly? Wide Area Networking Alert By Jim Metzler and Steve Taylor, Network World. November 15, 2010 12:06 AM ET
Traduzido e adaptado por Ademar Felipe Fey em 29/01/2011.
Não há dúvida de que a mudança do IPv4 para o IPv6 é um passo necessário ao longo dos próximos anos. E um marco para a sua adoção é o uso do IPv6 por parte do governo federal (NT: americano). No entanto, pensamos que seria interessante dar um passo atrás deste, por um momento, e olhar para saber se e como esta mudança poderia afetar a indústria.
IPv4 versus IPv6
Primeiro, um pouco de perspectiva histórica. Não podemos deixar de salientar que o governo federal foi o principal – e quase exclusivo – usuário da SMDS (NT: espécie de rede MAN baseada na comutação de células) por cerca de 15 anos. Isto foialegado, naquele momento, de ser a salvação da SMDS e da sentença de morte para o ATM e o Frame Relay, para não mencionar as redes baseadas em IP. E se você está no setor há menos de 10 anos, provavelmente você está se perguntando o que foi o SMDS.
Da mesma forma, o governo (americano) foi um dos maiores adotantes (e o único grande adotante) do conjunto de protocolos OSI. Como observado em outros lugares, “Em 1990, o NIST lançou um documento chamado The Federal Information Processing Standard (FIPS # 146), que delineou o GOSIP. Todos os fabricantes de computadores foram orientados a cumprir as determinações dos escritórios do governo na implementação desse perfil em torno de agosto de 1990.
“Infelizmente, no momento em que o governo começou a ‘normalização’ e a ‘implementação da norma GOSIP” a Internet já tinha plenamente implementado o TCP/ IP como seu próprio padrão e estava usando-o exclusivamente. O TCP/IP e o GOSIP eram NÃO compatíveis. O governo, apanhado com uma tecnologia que não correspondeu ao padrão de fato utilizado na Internet, em seguida, determinou que o IETF e o IAB tornassem a Internet compatível com o GOSIP, apesar do software GOSIP do OSI ainda não estar finalizado, e não totalmente normalizado, mesmo em 1990 quando o documento FIPS # 146 foi publicado.”
Assim, com essa pitada de cinismo, vamos avançar para o presente. Em 28 de setembro, o CIO Federal, Vivek Kundra, emitiu um memorando de instrução, dizendo entre outras coisas, que “A fim de facilitar a rápida e eficaz adoção do IPv6, as agências devem atualizar … servidores de atendimento a público externo e serviços (por exemplo, web, e-mail, serviços de DNS, ISP, etc.) para operacionalmente usar o IPv6 nativo, até o final do ano fiscal de 2012.”
Curiosamente, isso é tudo o que ele diz. Será que “operacionalmente usar” significa que é uma opção? E como é que esta opção deve ser implementada? Isso significa que se você deseja se conectar ao http://cio.gov seu navegador deve está usando o IPv6?
Obviamente que não. Porque havia uma nota logo em seguida, com destaque, que dizia “Para garantir a interoperabilidade, a expectativa é que as agências também continuarão funcionando com o IPv4 num futuro previsível”.
Será que vamos usar o IPv6 dentro de alguns anos? Pode apostar que sim. Será que este mandato do governo terá um grande impacto em empurrar isso para frente? De jeito nenhum. Em vez disso, o que as empresas precisam é estar olhando em direção a um futuro de dualidade.
E nós vamos continuar a olhar para os “quês” e os “por quês” nos próximos boletins.
Steve Taylor é o presidente da Distributed Networking Associates e redator/editor-chefe da Webtorials. Jim Metzler é vice-presidente da Ashton, Metzler & Associates.
Disponível em: http://www.networkworld.com/newsletters/frame/2010/111510wan1.html
Acesso em: 28/01/2010
Traduzido e adaptado por Ademar Felipe Fey em 29/01/2011.
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