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Reflexões e Questionamentos sobre o IPv6
Segundo relato dos especialistas, no ano passado os provedores de acesso à Internet na Ásia já haviam esgotado os endereços IPv4 e começaram a consumir endereços IPv6.
Nos Estados Unidos a exaustão do IPv4 também é sentida e há uma crescente adesão ao IPv6 (pesquise os demais artigos sobre IPv6 em nosso blog).
Na América do Sul a previsão é de esgotarmos os endereços IPv4 no primeiro semestre de 2012
Em nível mundial algumas iniciativas procuram alertar para a necessidade de uso imediato do IPv6, como o Dia Mundial do IPv6, realizado no dia 8 de junho deste ano, promovido pela Internet Society.
Ao longo dos 3 últimos anos, temos lido e traduzido alguns artigos e posts sobre o IPv6 e procurado observar a tendência da adoção deste protocolo, buscando entender o que se passa na área de interconexão de redes de computadores.
Baseados neste cenário, decidimos realizar algumas reflexões e questionamentos, porque não dizer opiniões, sobre o novo protocolo IPv6.
O IPv6 está por aí, enquanto o IPv4 por aqui vai se exaurindo. Nesta fase do vai ou não vai, alguns questionamentos vêm à tona, a saber:
– “Nós temos muitos anos para esta transição”.
Quem pensa desta forma, com certeza vai se sentir frustrado. A Internet está crescendo a uma taxa que consome cerca de 200 milhões de endereços a cada ano e, além disto, milhões de novos serviços exigem, na mesma proporção, endereços IPv4.
A técnica de pilha dupla, solução plausível para o convívio com o IPv6, certamente não será plausível daqui alguns anos. Então, meus amigos, urge rapidamente fazer a transição para o IPv6. Quanto mais se posterga, maior a dificuldade para a efetiva transição.
– “NAT sobre NAT sobre NAT vai funcionar”.
Talvez, mas não o tempo todo e nem da forma que é feito hoje.
Não é só a complexidade do NAT Múltiplo, conhecido como NAT 444, que apresenta desafios para as aplicações, mas também a quantidade elevada de portas de aplicações necessárias, entre outras exigências, que elevam o processamento e controle dos aplicativos tornando-os suscetíveis às falhas.
– “Meu ISP tem endereços IPv4 suficientes para durar anos, por isto não há problemas, para mim, é claro. Eu não quero nem saber”.
Doce ilusão. Alguém, em algum lugar, vai precisar usar o IPv6 e menos dia mais dia, outros e mais outros também. Você vai ficar isolado?
-“Nós sabemos o que estamos fazendo”.
Não estamos bem certos disto. Individualmente até podemos perceber a transição em termos que se relacionam com nossas próprias circunstâncias e limitações, mas a partir da perspectiva da Internet como um todo, não, nós não estamos realmente cientes do que está acontecendo e pior, tem muita gente que não está procurando saber.
– “Porque me preocupar? Alguém vai criar artifícios que suprem a exaustão do IPv4”.
Na verdade já criaram e com elas também uma série de problemas que não poderão persistir à medida que o crescimento exponencial da Internet se confirma dia após dia.
Teoricamente, facilitar o emprego destes artifícios tem o potencial de tornar a Internet muito pior, e pode ser visto como uma péssima opção para justificar não se implantar e suportar o IPv6 em tempo hábil.
– “Começar por onde então”?
A palavra chave é:
Capacitação para aquisição do conhecimento sobre o IPv6.
Não há como enfrentar a fera sem conhecê-la.
Nesse sentido, entendemos que para conhecer bem o novo protocolo IPv6 é importante uma revisão dos conceitos fundamentais do IPv4, o que podemos pensar como um “alicerce” ou como um “apoio” para adquirir a compreensão deste protocolo.
Nosso curso sobre o IPv6 justamente começa revisando o IPv4 e vai aos poucos introduzindo os novos conceitos do IPv6 e termina com configurações práticas deste protocolo.
E então, a partir destas reflexões e questionamentos, você vai ficar parado esperando a onda do IPv6 chegar e bater à sua porta?
Mini artigo da autoria de Raul Ricardo Gauer e Ademar Felipe Fey
Professores e Tutores de cursos on-line na área de Infraestrutura de Redes de Computadores e Telecomunicações.
Postado em 01/11/2012
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